FATOS

Fonte: Dourados News http://www.douradosnews.com.br/

Quinta-feira, 24 de Julho de 2008, 18:34
Trabalho fora da aldeia desestrutura comunidades Guarani
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=17247&anoMat=2008

Domingo, 27 de Julho de 2008, 09:12
Garoto de 20 anos suicida na aldeia Bororó
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=17404&anoMat=2008

Domingo, 03 de Agosto de 2008, 08:02
Índio se suicída na aldeia Bororó
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=17932&anoMat=2008

Segunda-feira, 11 de Agosto de 2008, 08:18
Indígena de 13 anos se suicida na aldeia do Panambizinho
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=18541&anoMat=2008

Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008, 08:17
Dois adolescentes se suicidam na aldeia do Panambizinho
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=18954&anoMat=2008

Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008, 14:37
Estudante indígena de 18 anos se suicida em aldeia de Japorã
http://www.douradosnews.com.br/leitura.php?id=20157&anoMat=2008



Como se pode ver nos títulos coletados acima, o que vivemos na reservas indígenas de nosso estado é devastador, jovens de 13 a 20 anos que se suicidam sem motivo aparente, pois a sociedade indígena se depara com um problema que se torna corriqueiro, mas sem solução, jovens desmotivados, em depressão que quando não procuram o álcool ou as drogas, procuram a morte como resposta para suas angustias existenciais.
Somente aqui na reserva indígena de Dourados, a terceira maior do Brasil, e que compreende duas etnias, os kaiowa e os guarani, somam-se mais de 3.500 jovens que quando não estão estudando, estão pela aldeia sem ter o que fazer, o que pensar, muitos ao chegarem a adolescência, largam a escola e começam a trabalhar no plantio de cana ou nas terras da família, causando assim uma quebra na via natural de suas vidas. Existem aqueles que persistem sim e continuam a estudar na cidade, os que chegam a concluir o ensino médio ou entrar em uma universidade somam menos de 5% dessa população de jovens, e os outros 95%, esse exorbitante número, fica a deriva da sociedade ou encontram soluções paliativas, como o suicídio.
A partir desse panorama que a CUFA – MS enxergou a Reserva Indígena de Dourados como um grande pólo a ser trabalhado, pois dando a esses jovens um motivo a mais de alegria, conhecimento e consequentemente resgate da auto-estima, acreditamos piamente reverter esse contingente de homicídios e violência.
Nossa primeira ação será a implantação de oficinas culturais a esses jovens trazendo-os assim ao convívio em comunidade e intercâmbio entre índios e não-índios, ao sedimentar esse projeto pretendemos caminhar mais além, tornando esses primeiros jovens que receberam instruções, semeadores da cultura e educação pelo seu povo, um trabalho de formiguinha para crescer junto com a comunidade local, promovendo a integração racial e a preservação da cultural guarani kaiowa.

Ana Ostapenko

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